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Livro, Poesia: Marcelo Mourão, Poememes. Ilustrado em cores, 2021, 92 páginas. Novo. Preço com frete

R$ 39,00
Descrição do produto

Título: Poememes


Autor: Marcelo Mourão


Peso: 230 g.


Frete: O preço de capa inclui o valor do frete para todo o Brasil.


Estoque: Um exemplar.


Dimensões: 16 cm x 16 cm x 2 cm


Categoria: Poesia Brasileira


Editora: Arribaçã (Cajazeiras-PB)


Ano da edição: 2021


Encadernação: Brochura.


Orelhas: Sim. Em ambas, comentário de Joaquim Branco: crítico, escritor, professor e doutor em Literatura Comparada (UERJ).


Prefácio: Luciana Barreto: escritora, crítica, professora e doutora em Literatura Brasileira (UNB).


Capa: Jeff Fonseca


Quarta capa: Linaldo Guedes, editor da Arribaçã.


Idioma original: Português.


Páginas: 92 p.


ISBN: 978-65-5854-507-1

Código de barras: 9786558545071


Cadastrado em: 18.12.25


Estado de conservação: Exemplar novo, sem uso, sem dedicatória, sem folha arrancada. Em perfeito estado.


Mais informações:


Em Poememes , Marcelo Mourão aprofunda as experiências formais contidas em Máquina Mundi , seu livro de poesia anterior, de 2016.


Já naquela obra, o autor apresentava poemas visuais ao lado de poemas em versos. Porém, apenas cinco dos visuais recebiam cores, e eram discretas. Também não havia a preocupação de evocar a estrutura dos memes. Embora com peculiaridades de estilo próprio, os visuais de Máquina Mundi traziam as marcas estilísticas que caracterizam o gênero, desde os anos 60 do século passado: poemas bem sintéticos, minimalistas, uso de palavras apenas quando e onde necessárias, emprego da imagem como palavra (signo), comedimento no uso das cores. Em suma, economia geral na utilização dos recursos estéticos, entrassem ou não imagens no poema.


Já em Poememes , Marcelo ousa e se permite tudo, embora seguindo certas regras. Isto é, evidencia-se que o autor, ao mesmo tempo em que se permitiu a diversidade, preocupou-se em conferir unidade à obra. Assim, por exemplo, todos os poemas contêm cores, em maior ou menor grau. Na verdade a presença da cor é ostensiva na obra.


Mas isso, sem dúvida, tem a ver com os memes da internet. Pesquisando, observei alguns em preto e branco. Porém, decididamente, a maioria se apresenta colorida. Inclusive porque o meme caiu no gosto popular. E a presença de cores fortes é uma das características da arte popular.


Mas o engraçado é que, embora se tenha tornado popular, o termo meme advém da Ciência e tem um significado meio complexo, relacionado tanto à memória quanto à imitação (mimese) e aos processos de replicação de uma ideia ou de um comportamento. Mantém igualmente certa associação com o conceito de vírus. Aquele ser mínimo que se alastra. Aliás, não deixa de ser curioso (ou um tanto irônico) que ao poeta tenha ocorrido elaborar um livro como esse, em plena pandemia, causada por um vírus.


Não encontrei o verbete "meme" no Aurélio, nem no Houaiss, nem no Aulete Digital. Encontrei-o no Dicionário Online , em que se fala primeiramente no significado atual do uso, ligado à sátira, ao humor e à zoada. Só depois, encontram-se duas ou três linhas, que se referem à origem científica do termo.


O criador da palavra meme foi o cientista Richard Dawkins, num livro sobre genética, que virou best-seller . E Dawkins, claro, veio, por isso mesmo, a se tornar um dos memes mais presentes, em diversas páginas da internet. Replicam várias fotos dele, com dizeres acima e abaixo. Ou seja, um meme típico e clássico.


Aliás, essa presença da pessoa de que se fala , nos memes, foi uma ideia que Marcelo explorou muito bem, transformando o eu lírico em caricatura, a partir da própria imagem dele. Ou seja, rindo de si mesmo, Marcelo se apresenta de diversas formas cômicas, já a partir da excelente capa.


Outra alusão constante, também existente nos memes (sobretudo nos mais antigos), são as histórias em quadrinhos. Ao longo do livro, Marcelo se fantasia de diversos personagens. Na capa, ele é Mandrake, o mágico, famoso herói das HQs. Mas, em Poememes , o quadrinho de onde sai o mágico é a tela da internet. E o título aparece em um balão, recurso característico das HQs. E ainda a tradicional associação entre magia e poesia, de uma forma (ou fórmula) inovadora, fugindo ao lugar-comum. No miolo da obra, a utilização dos recursos das HQs será constante.


Não é possível comentar sobre os memes da internet, historicamente falando, porque sua origem é um tanto imprecisa. Para começar, os memes costumam ser anônimos. E isso diz muito de sua índole. Não se pode, por exemplo, falar em proposta , conforme é possível dizer da poesia visual, do poema-processo e do concretismo. Por exemplo, os produtores de poemas visuais e afins, em sua maioria, alimentam um ideário renovador. Os poetas nacionais da visualidade, salvo raríssimas exceções, têm abraçado as causas populares, trabalhado para o bem do país e, sobretudo, para o avanço do pensamento. Afinal, poesia que não inquieta, não desperta.


Com os memes, o caso é outro. Na verdade, é raro ver um trabalho realmente inteligente, de sentido crítico, que acrescente. São comuns agressões, textos escritos incorretamente, uso de palavras de baixo calão, zombaria, exploração do grotesco, etc. Porém, claro que há exceções.


No caso do livro de Marcelo, evidentemente, só temos iguarias de primeira. É poesia mesmo, de variada temática, que se exibe de inúmeras formas, servindo o meme como um desafio à criatividade do autor. E nem tudo é exatamente meme (na forma). Há muitos poemas em verso, embora todos muito mais enxutos do que em Máquina Mundi e integrados ao conjunto da obra. Em suma, é um livro que só vendo. E vendo com a máxima atenção. (R. A.)


Dados de Marcelo Mourão: Estudou História (UFRJ) e Letras: Língua Portuguesa e Literatura (UNESA). É mestre e doutorando em Literatura Brasileira (UERJ). Poeta, escritor, pesquisador, crítico literário e produtor cultural. Criador, produtor e apresentador do sarau POLEM, iniciado em 2008, no Leme (RJ). Desde 2021, é vice-presidente da União Brasileira de Escritores (UBE-RJ). Há textos de Marcelo em várias antologias, periódicos literários, sites e revistas acadêmicas do Brasil. Possui seis livros individuais publicados: O diário do camaleão , poesia, 2009; Temas em literaturas de língua portuguesa: os diferentes olhares , crítica literária, 2015. Máquina Mundi , poesia, 2016; Rotas e rostos, questões de literatura brasileira , crítica literária, 2019; Poememes , poesia, 2021; e Union , poesia visual e escrita, 2025. No momento em que escrevo, todos os volumes citados se acham à venda no Alfaya Livreiro, nas categorias Poesia e Crítica Literária . (R. A.)


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